O câncer colorretal, também conhecido como neoplasia do intestino e do reto, é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 41 mil novos casos diagnosticados anualmente, afetando tanto homens quanto mulheres (dados do INCA).

Na fase inicial, a doença é silenciosa e apresenta poucos sintomas, que, geralmente, tendem a aumentar progressivamente nos estágios mais avançados. Por ser multifatorial, a principal forma de prevenção é a adoção de mudanças comportamentais e o rastreamento sistemático, por meio da pesquisa de sangue oculto nas fezes e da realização de colonoscopia. Essas medidas permitem o diagnóstico precoce de lesões precursoras, possibilitando o início imediato do tratamento.
Com o objetivo de sensibilizar a sociedade, diversas entidades brasileiras conseguiram, junto ao Congresso Nacional, incluir a campanha Março Azul no calendário mundial de prevenção ao câncer colorretal. A Gastros Bahia, em parceria com movimentos sociais, abraçou a campanha, assim como já fez com o Setembro Verde, adotando a bandeira "O diagnóstico precoce pode mudar a sua história".
Convidamos todos a se unirem a essa jornada de conscientização sobre a importância da prevenção, que, quando realizada de forma precoce, oferece excelentes prognósticos de cura – com uma taxa de 95% de chance de cura. Durante a pandemia, muitos deixaram de realizar consultas e exames, o que impactou no aumento de casos diagnosticados nos anos seguintes.
O câncer colorretal geralmente tem início a partir de pólipos, lesões benignas, também chamados de adenomas. Estudos demonstram que cerca de 90% das lesões surgem dessas pequenas e silenciosas alterações na superfície do intestino, conhecida como mucosa. O fator idade também é relevante, pois o intestino é a parte final do sistema digestivo, onde o acúmulo de resíduos alimentares ao longo da vida pode potencializar a transformação das células benignas em malignas, em conjunto com fatores genéticos e escolhas no estilo de vida.
Os pólipos, semelhantes a "cogumelos", podem crescer na parede interna do intestino grosso ao longo dos anos. A boa notícia é que a maioria desses pólipos pode ser tratada com técnicas endoscópicas, sem a necessidade de cirurgia. Além disso, a colonoscopia permite detectar lesões malignas em estágios iniciais, quando ainda não se espalharam para outros órgãos, aumentando consideravelmente as chances de cura com o tratamento adequado, como a cirurgia ou quimioterapia.
As principais causas do câncer colorretal estão associadas a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo, obesidade e inatividade física.
Em estágios mais avançados, o câncer colorretal pode causar sintomas como:
Sangramento nas fezes;
Massa abdominal (tumoração);
Dor abdominal;
Perda de peso, fadiga e anemia;
Mudança no ritmo intestinal.
É crucial que as pessoas fiquem atentas às mudanças em seus hábitos intestinais e consultem médicos especialistas regularmente, mantendo os exames em dia. A prevenção é a melhor forma de diagnóstico precoce e aumenta as chances de cura.
Juntos, podemos fazer a diferença.
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