Reganho de peso após a bariátrica? Saiba como a endoscopia pode ajudar
- Gastros Bahia

- 21 de mai.
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A obesidade é uma condição crônica e multifatorial, o que significa que seu tratamento exige acompanhamento contínuo — mesmo após a cirurgia bariátrica. Mas afinal, como saber se o ganho de peso depois da cirurgia é algo esperado ou se pode indicar uma recidiva da obesidade?
Vamos entender melhor?
Embora ainda não haja um consenso definitivo sobre o que caracteriza uma “falha” do tratamento cirúrgico, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica reuniu especialistas para destacar alguns pontos importantes sobre o tema:
Existe um ganho de peso esperado no longo prazo após a cirurgia, geralmente entre 10% e 15% do peso mínimo atingido pelo paciente;
O principal objetivo do tratamento não é apenas a perda de peso, mas também o controle de doenças metabólicas e a melhora da qualidade de vida;
Considera-se obesidade controlada quando há uma perda de mais de 20% do peso total em 6 meses. Quando a perda é inferior a 10% no mesmo período, podemos considerar um caso de obesidade não controlada — sempre levando em conta a satisfação do paciente e o controle das comorbidades;
Já a recidiva da obesidade é caracterizada pela recuperação de 50% ou mais do peso perdido a longo prazo ou 20% desse peso com reaparecimento de comorbidades.
Se você suspeita que está passando por um desses quadros, o primeiro passo é procurar uma equipe multidisciplinar para uma avaliação completa. Só então será possível definir a conduta mais adequada — e nem sempre será necessário passar por uma nova cirurgia.
A endoscopia bariátrica pode ser uma alternativa eficaz
Para quem fez o bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) — atualmente o procedimento bariátrico mais comum no mundo —, algumas alterações na anatomia, como a dilatação da anastomose (GJ) ou o aumento do pouch gástrico, podem favorecer o reganho de peso.
A boa notícia é que, nesses casos, a endoscopia bariátrica tem se mostrado uma alternativa minimamente invasiva, com bons resultados e menor risco. As duas técnicas mais utilizadas são:
Coagulação com plasma de argônio (APC): utilizada para reduzir o diâmetro da anastomose, promovendo o retardo no esvaziamento gástrico e aumentando a saciedade;
Overstitch (Apollo Endosurgery®): técnica de sutura endoscópica usada para diminuir o tamanho da anastomose e/ou do pouch gástrico.
Essas intervenções endoscópicas têm demonstrado segurança e eficácia no controle do reganho de peso, sendo opções importantes para quem deseja evitar uma reoperação.
Você acredita que pode estar passando por um reganho de peso significativo? Nossos especialistas estão prontos para oferecer uma avaliação completa e indicar o melhor caminho para o seu caso.
Referência: Quadros, L. G. et al. Tratado de Endoscopia Bariátrica. 1ª edição. São José do Rio Preto, SP: DLR Press, 2021.




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